Começaram a sair os primeiros dados consolidados de previsões sobre o comportamento da receita esperada para este ano. A Warc calcula que as perdas globais serão de 8,1%, contra uma expectativa de crescimento feita no final do ano passado de 7,1%.
A pior performance, entre os meios tradicionais, será do cinema, com menos 31,6%; seguida pelo outdoor, -21,7%; jornais e revistas, -20,1%; rádio, -16,2%; e TV, -13,8%.
A mídia digital deverá ficar no empate, com 0,6% positivo, bem menos que o inicialmente previsto.
Apesar da grande queda, o recuo não será tão grande como em 2009, quando a publicidade perdeu 12,7% de seu faturamento.
No caso do mercado brasileiro, como o CENP-Meios tem um preciso controle do pulso do mercado real operado pelas agências, os números indicam uma situação não tão grave como o esperado, pois a redução de receita no primeiro trimestre de 2020 sobre 2019, que se esperava estar na faixa de 30%, na realidade foi de 22,3% - de R$ 3.792.174 para 2.946.181, agora.
O número de agências que declararam (anonimamente, sempre vale frisar) o faturamento com as mídias neste primeiro semestre de 2020 foi muito parecido, pois foram 214 no ano passado e, neste, 209.
Dessa forma, mesmo não sendo absolutamente comparável, do ponto de vista técnico, os dados referentes aos dois períodos (de 2019 e 2020), pois as agências que informaram seus dados não são rigorosamente as mesmas, a similitude da quantidade e dimensões entre elas permite que sejam feitas análises.
No caso do share de cada mídia, a TV aberta registrou a de melhor performance, com 57,9% agora contra 54,7% no período de janeiro a março de 2019. O cinema e o rádio ganham 0,1% de share cada - de o,3 para 0,4% no caso do primeiro e de 4,6 para 4,7% no caso do segundo.
Os demais meios perderam espaço, começando pela internet, de 19,1% para 17,3%; sendo seguida pela TV por assinatura, de 6,6 para 5,9%, e jornal, de 2,6 para 1,9%; OOH/mídia exterior, de 11,4 para 11,2%; e revista, de 0,8 para 0,7%.
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