Pacto Cenp foi endossado por instituições e principais players da indústria da comunicação brasileira
Em evento em São Paulo na tarde desta terça-feira, 3, o Fórum de Autorregulação do Mercado Publicitário (Cenp) apresentou um documento dedicado a estabelecer relações mais sustentáveis na indústria brasileira de comunicação. Chamado Pacto Cenp, o guia foi elaborado por dois grupos de trabalho ao longo de 18 meses até ser formatado num e-book de 44 páginas com recomendações ao mercado.
Luiz Lara, presidente do Cenp, apresenta o novo guia de boas práticas Foto: Divulgação
Durante o evento, executivos e representantes do mercado publicitário saudaram a iniciativa e deram seus depoimentos sobre a importância do documento. Luiz Lara, presidente do Cenp, guiou a apresentação junto à Regina Augusto, diretora executiva. Ricardo Silveira, VP de creative insights da AlmapBBDO, também mostrou a campanha desenvolvida pela agência para o novo e-book.
O documento prevê quatro pautas centrais:
- Concorrências, com recomendações como prazos condizentes com o esforço de trabalho, remuneração justa e proteção autoral;
- Transparência nos processos, com atenção a relações duradouras, investimentos sustentáveis e participação da liderança nas diferentes etapas de trabalho;
- Sustentabilidade financeira, revisando condições de pagamento que impactem os vencimentos mensais de fornecedores e suas equipes;
- Planos de incentivo, para que agências e anunciantes estabeleçam termos claros sobre estratégias de mídia, respeitando critérios técnicos e eficiência econômica.
Retomada
O documento não tem imposição legal, mas conta com o apoio das 11 entidades mantenedoras e das 13 conveniadas, que vão promover o Pacto Cenp entre seus associados. Além disso, o próprio Cenp realizará road shows em 2025 para apresentar o e-book em diversas regiões do País.
Segundo Regina Augusto, o guia celebra um marco na atual gestão do Cenp, que o assumiu em 2022, quando havia acabado de deixar o marca Conselho Superior das Normas-Padrão para tornar-se o Fórum de Autorregulação do Mercado Publicitário. À época, o Cenp teve desavenças com entidades como a Associação Brasileira de Anunciantes (ABA) e Interactive Advertising Bureau-Brasil (IAB), que chegaram a se desfiliar do conselho.
A nova gestão revisou o estatuto da instituição, suprimindo o objetivo fiscalizador e punitivo que antes a guiava, transformando-a num fórum de debate, ensino e promoção de boas práticas publicitárias. ABA, IAB e outras instituições se reconectaram ao Cenp, na busca por discutir e praticar ideias que colaborem pelo desenvolvimento do mercado.